
Um cliente mais exigente e participativo, eventos personalizados e para poucos, flexibilidade de protocolos e até mudanças em cardápios devem compor o cenário das próximas festas em espaços de eventos, buffets infantis ou casas de festas.
O bambu, ao enfrentar uma tempestade, simplesmente se dobra ao vento forte para não rachar ou se partir ao meio. Assim também deve se comportar o setor de eventos e festas infantis no pós pandemia. Ou seja, com flexibilidade. A palavra é usada pelo consultor e especialista em entretenimento e eventos, Hubert Krause. O especialista fala em festas mais intimistas e para poucos, destaca um cliente mais exigente e comprometido, e ainda chama a atenção para os detalhes: “Atender de forma mais personalizada demanda maior dedicação e exige mais cuidado para realizar o sonho de festas, encontros e celebrações”.
Mas qual é o segredo!?
Flexibilidade. Esta é a palavra de ordem para os gestores em festas infantis, acredita Hubert Krause. Ele explica: “O(a)s gestore(a)s devem ser mais criativos e fazer mais a vontade do cliente. O cliente, por sua vez, vai participar mais do processo, porque está mais crítico e exigente. Assim, os eventos serão mais personalizados , o que demanda mais dedicação na realização de sonhos. Antes da pandemia, a demanda era maior que a oferta. Hoje, o cenário é outro. As pessoas estão valorizando mais a vida. Tudo isso exige mais atenção”.

As crianças também se mostram mais conscientes, na visão de Krause. Ele destaca algumas mudanças inclusive nos cardápios, que devem se apresentar mais saudáveis. Exemplo: mais frutas, salgados assados e não fritos, sucos naturais e menos refrigerantes. Quanto à decoração, o especialista fala em atenção maior aos detalhes, já que o menos será mais. Exemplo: a criação de um espaço para receber com afeto e carinho os mais idosos. Em resumo, as celebrações caminham para as opções intimistas e para poucos convidados. (Tudo seguindo os protocolos de segurança e higiene; isso já deve estar enraizado entre os envolvidos). Clique aqui para entender mais sobre os protocolos oficiais da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil).
O medo trava as decisões
A procura por espaços para eventos, buffets ou qualquer outro lugar destinado a festas existe , mas há muita especulação , lembra Hubert Krause, especialista em entretenimento e eventos. Isso porque, segundo Krause, o medo ainda trava a liberdade de escolha de uma grande parte das pessoas . O especialista aponta cinco motivos, são eles:
1- Aquele que realiza uma festa e acha que pode ser mal interpretado
2- Convidar para uma celebração e ser considerado um propagador de vírus
3- O convidado não aparecer no dia do encontro
4- Desistir da comemoração e não ser ressarcido
5- A empresa contratada falir e o dono da festa perder dinheiro
(Veja aqui no blog da Oniplataforma o depoimento de gestora de Buffet infantil em Ribeirão Preto/SP sobre a venda e execução de festas no ambiente de pandemia).
Raio X do setor de entretenimento

“Antes da pandemia (sem flexibilidade), as empresas com dificuldades refletiam problemas de gestão interna. Na pandemia, por melhor que fosse o gestor, não era possível lutar com um decreto onde quase tudo era proibido. Quem sobreviveu foram os que registravam despesas fixas baixas e imóvel próprio. O aluguel foi o grande vilão. Os que tiveram flexibilidade, partiram para novos caminhos, com festas organizadas por meio de delivery, kits festas e até em formato drive-in.
Aí veio a segunda onda e o baque foi mais pesado ainda, com clientes mais desanimados e querendo o dinheiro investido de volta. O lado positivo em 2021 surgiu com as vacinas, trazendo esperança e otimismo aos gestores. Julho foi melhor que junho, e junho melhor que maio. Uma certa normalidade para o setor de eventos e festas infantis é esperada para outubro, sem medo e sem restrições aos brinquedos”, analisa Hubert Krause, que trabalha há 20 anos com planos de negócios, empreendedorismo de entretenimento e festas infantis.
As regras do protocolo:
A realização de festas e eventos depende da flexibilização de regras e da necessidade de se cumprir protocolos de higiene e segurança aos envolvidos. Já o cliente precisa se sentir pronto para concretizar sonhos e vontades. Assim, enfatiza Hubert Krause, “o time de vendas deve mostrar às pessoas o que elas estão perdendo ao deixar de se reunir, em se divertir e em celebrar a vida“.
Identificar os clientes em potencial deve ganhar mais atenção a partir de agora. O especialista ensina como encontrar esses possíveis interessados: “As casas de festas podem rever os contratos dos últimos meses e tabular as informações que vão orientar e priorizar o público alvo. Cliente tem, mas identificar quem realmente tem potencial é otimizar tempo futuro com base no tempo passado”, resume o especialista. Para conhecer melhor o consultor de buffets infantil e espaços de eventos Hubert Krause (clique aqui)